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21 outubro 2025

O que É, de Fato, Participar de uma Loja Maçônica?

Comprometimento, Contribuição e Presença Significativa 

Irmã maçom. Meta AI.
A Maçonaria, em sua essência, é uma escola de valores. Justiça, fraternidade, liberdade e igualdade não são apenas palavras inscritas em nossos rituais — são princípios que devem guiar cada decisão, cada gesto, cada votação. Esses valores formam o cerne da filosofia maçônica e moldam sua abordagem em relação à vida e à sociedade (MAÇONARIA DO PARANÁ, 2024).

E é justamente nesse ponto que precisamos refletir: o que significa, de fato, participar de uma Loja Maçônica?

Uma irmã atuante não é somente aquela que atingiu o percentual mínimo de presença física em Loja. A norma dos 50% mínimos de presença existe, é verdade. Mas a justiça maçônica vai além da letra da lei — ela exige discernimento, sensibilidade e equidade.

A irmã que cumpre suas obrigações administrativas em qualquer um dos cargos, embora nem sempre fisicamente presente, é constante, efetiva e essencial para o funcionamento da Loja.

A Maçonaria nos ensina que a verdadeira presença não se mede apenas pela cadeira ocupada em sessão, mas pela dedicação, pelo comprometimento e pelo cuidado com a egrégora. Ignorar isso é reduzir a participação a um número, a uma estatística — e isso não condiz com os valores que juramos defender. Por isso, alguns cargos administrativos (Grandes Secretariados entre outros) ficam fora dessa regra. 

Levanta-se aqui uma questão ética: é justo aplicar uma regra sem considerar o contexto e o impacto emocional sobre as irmãs? A resposta, para quem compreende a Maçonaria como espaço de construção coletiva, é clara: NÃO.

Victor Hugo, em Os Miseráveis, nos lembra que "a lei pode ser justa, mas a justiça vai além da lei" — uma reflexão que transcende o legalismo e nos convida à empatia e à equidade (HUGO, 182 apud CHAVES, 2017).

E é esse "além" que precisa ser cultivado dentro das Lojas. A pressão sobre quem se ausenta por motivos legítimos (doença — própria ou de um familiar próximo — um curso, problemas familiares complicados e até financeiros etc.) não fortalece a egrégora — sufoca. E quando atitudes excludentes se acumulam, o afastamento emocional é inevitável, mesmo que a presença física continue.

Irmãs em Loja. Copilot.

Participar de uma Loja Maçônica é contribuir com o coração, com o tempo (dentro ou fora da Loja), com os talentos e com a alma. É estar presente nos bastidores, nos cuidados invisíveis, nas palavras de apoio e nas ações concretas. É ser vista, reconhecida e valorizada por tudo o que se faz — e não por quantas sessões se frequentou.

Contudo, é preciso também refletir sobre outro ponto sensível: há irmãs que estão sempre presentes em Loja, mas não contribuem com nada além da presença física. Não ajudam na montagem do templo, na organização ao final dos trabalhos, tampouco entregam os estudos ou tarefas solicitadas. Isso não é participação plena — é presença vazia.

A Maçonaria exige envolvimento. Mesmo as Mestres, que já entregaram trabalhos em etapas anteriores, devem continuar contribuindo, revisando, ampliando ou até refazendo seus estudos. Isso não apenas fortalece o crescimento coletivo, como também permite que cada irmã perceba sua própria evolução na compreensão dos temas abordados.

Participar é estar em movimento. É contribuir com o crescimento de todas ali presentes, mesmo que não se ocupe um cargo que exija tarefas extra Loja. A verdadeira participação é ativa, generosa e comprometida com o propósito maior da Ordem.

É preciso incluir, acolher e ampliar. Que a Maçonaria Feminina continue sendo um espaço de justiça viva, onde cada irmã é vista em sua totalidade — por sua entrega, por sua presença significativa, por sua contribuição real — e não apenas por sua frequência.

Conheça os valores da Fênix Nut acessando o nosso site (www.fenixnut.com.br) na página SOBRE NÓS.

Sandra Cristina Pedri

Referências Bibliográficas

CHAVES, Rosângela. “Os Miseráveis”, a lei e a justiça. Ermira Cultura, 2017. Disponível em: https://ermiracultura.com.br/2017/12/20/os-miseraveis-a-lei-e-a-justica. Acesso em: 21 out. 2025.

HUGO, Victor. Os Miseráveis. Tradução de Isabel Vieira. São Paulo: Martin Claret, 2021.

MAÇONARIA DO PARANÁ. Princípios Fundamentais da Maçonaria: Liberdade, Igualdade e Fraternidade. 2024. Disponível em: https://maconariadoparana.org.br/noticia/principios-fundamentais-da-maconaria-liberdade-igualdade-e-fraternidade. Acesso em: 21 out. 2025.

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